Bolsa de Valores Como Investir: 7 Dicas Essenciais para Iniciantes na Renda Variável

O que é a Bolsa de Valores e Como Funciona?

A Bolsa de Valores é um ambiente de negociação onde investidores compram e vendem ativos financeiros, como ações, fundos imobiliários, ETFs (fundos de índice) e outros títulos de empresas e organizações.

Sumário

Essencialmente, a bolsa é o local onde ocorrem transações de compra e venda de participações em empresas, permitindo que essas organizações arrecadem capital para expandir suas operações enquanto os investidores buscam rentabilidade sobre o valor investido.

Na prática, a Bolsa de Valores é um mercado secundário, ou seja, um espaço onde os investidores podem negociar os ativos emitidos anteriormente pelas empresas.

Quando uma companhia decide abrir seu capital, ela realiza uma Oferta Pública Inicial (IPO, do inglês “Initial Public Offering”), que é a primeira vez em que suas ações são oferecidas ao público.

Após essa etapa, as ações começam a ser negociadas na bolsa, e seus preços passam a ser influenciados pela oferta e demanda, assim como pelas percepções e análises dos investidores sobre o potencial de crescimento da empresa e as condições do mercado.

Como Funciona a Bolsa de Valores?

A Bolsa de Valores funciona através de um sistema eletrônico que conecta compradores e vendedores de ativos. No Brasil, por exemplo, a principal bolsa é a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), localizada em São Paulo.

O processo de compra e venda de ativos acontece por meio de corretoras de valores, que atuam como intermediárias entre os investidores e o mercado.

As negociações na bolsa seguem algumas regras fundamentais:

  • Oferta e Demanda: O preço de uma ação é determinado pela relação entre oferta (quantidade de ações que os investidores estão dispostos a vender) e demanda (quantidade de ações que outros investidores estão dispostos a comprar). Quando há mais compradores que vendedores, o preço tende a subir, e vice-versa.
  • Pregões e Horários de Funcionamento: A B3, por exemplo, tem horários específicos de operação, conhecidos como pregão. Durante esse período, as ações podem ser negociadas livremente. O horário de negociação varia conforme o tipo de ativo e o perfil do investidor (pessoa física, institucional etc.).
  • Regulação e Segurança: A Bolsa de Valores é regulada por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que assegura a transparência e a proteção dos investidores, garantindo que as empresas e corretoras sigam as normas e padrões estabelecidos. Isso proporciona um ambiente mais seguro e transparente para a negociação de ativos.
Bolsa de Valores Como Investir

Por que Investir na Bolsa de Valores?

Investir na Bolsa de Valores oferece uma série de benefícios, como a possibilidade de alcançar ganhos financeiros ao longo do tempo.

Diferente dos investimentos em renda fixa, onde a rentabilidade é previsível, os ativos de renda variável podem proporcionar maiores retornos, embora com mais riscos.

Além disso, a bolsa permite que o investidor se torne sócio de grandes empresas, possibilitando uma participação no crescimento dessas organizações.

No entanto, é essencial que o investidor entenda o funcionamento básico da bolsa, os riscos envolvidos e a importância de uma estratégia bem definida.

Esse conhecimento ajuda a evitar decisões impulsivas e a lidar com a volatilidade do mercado de maneira mais racional e planejada.

1. Estabeleça Seus Objetivos Financeiros

Antes de começar a investir na Bolsa de Valores, é essencial definir objetivos financeiros claros.

Ter metas bem delineadas ajuda a guiar suas escolhas de investimento e a manter o foco, mesmo em momentos de alta volatilidade ou incertezas no mercado.

Com objetivos definidos, você pode estabelecer estratégias que estejam alinhadas ao seu perfil e ao tempo necessário para atingir essas metas.

Como Definir Objetivos Financeiros?

Definir objetivos financeiros consiste em planejar onde você deseja chegar com seus investimentos e qual é o horizonte de tempo para alcançar essas metas. Uma maneira eficaz de definir seus objetivos é categorizá-los em curto, médio e longo prazo:

  • Objetivos de curto prazo (até 1 ano): Para objetivos que exigem liquidez rápida, como montar uma reserva de emergência, é ideal buscar investimentos de baixo risco e alta liquidez, mesmo que estejam fora da renda variável. Ações e ativos mais voláteis podem não ser a escolha ideal para esse horizonte.
  • Objetivos de médio prazo (1 a 5 anos): Para quem deseja, por exemplo, juntar dinheiro para uma viagem ou a compra de um carro, o médio prazo permite uma combinação de ativos com maior potencial de retorno, mas que ainda ofereçam certa segurança. Fundos imobiliários e ações de empresas mais estáveis, por exemplo, podem ser boas opções para esse período.
  • Objetivos de longo prazo (acima de 5 anos): A Bolsa de Valores é especialmente indicada para objetivos de longo prazo, como aposentadoria ou a formação de um patrimônio maior. A longo prazo, o mercado tende a oferecer melhores resultados para quem se mantém investido e resiste à tentação de resgatar seu dinheiro em momentos de baixa. Nesse caso, você pode optar por ações de empresas consolidadas e com potencial de crescimento, visando retornos mais altos.

Por Que Estabelecer Metas é Importante?

Estabelecer metas claras é importante por várias razões. Primeiro, ao ter um objetivo específico, você cria um compromisso consigo mesmo, o que ajuda a evitar decisões impulsivas, especialmente em momentos de queda ou de alta volatilidade do mercado.

Além disso, metas bem definidas permitem a escolha de ativos mais adequados ao seu plano financeiro. Por exemplo, se o seu objetivo é a aposentadoria, você poderá se concentrar em ativos com maior potencial de crescimento e menos foco em liquidez.

Outro ponto importante é que a clareza nas metas também permite acompanhar o progresso e fazer ajustes quando necessário.

Investir é um processo dinâmico, e estar consciente dos seus objetivos ajudará a ajustar a carteira conforme as circunstâncias mudam, mantendo-a alinhada com seu propósito financeiro.

2. Conheça Seu Perfil de Investidor

Entender seu perfil de investidor é um dos passos mais importantes para investir com segurança e de forma estratégica na Bolsa de Valores.

Seu perfil reflete a sua tolerância ao risco, seus objetivos financeiros e o tempo que pretende manter os investimentos.

Ao conhecer seu perfil, você consegue definir melhor a composição da sua carteira e escolher ativos que estejam alinhados às suas expectativas e necessidades.

Em geral, os investidores são classificados em três perfis principais: conservador, moderado e arrojado (ou agressivo). Vamos explorar cada um deles e entender como eles influenciam suas escolhas de investimentos.

Perfil Conservador

O investidor conservador prioriza a segurança e prefere minimizar os riscos, mesmo que isso signifique obter retornos menores.

Esse perfil costuma buscar investimentos mais previsíveis e estáveis, com menor exposição à volatilidade do mercado de ações.

Para os conservadores, a renda fixa é uma preferência natural, mas a Bolsa de Valores também pode oferecer algumas opções, como fundos de ações de baixo risco ou empresas mais estáveis e consolidadas.

Estratégias para o Perfil Conservador:

  • Exposição limitada à renda variável: Esse investidor pode investir uma pequena parte do seu capital em ações ou fundos imobiliários, escolhendo empresas de grande porte e com histórico de pagamento de dividendos regulares.
  • Foco em diversificação: Manter um portfólio bem diversificado ajuda a reduzir o risco geral dos investimentos.
  • Atenção à liquidez: Como prefere segurança, o investidor conservador costuma buscar ativos com liquidez mais alta, o que permite resgatar o dinheiro mais facilmente.

Perfil Moderado

O investidor moderado aceita um pouco mais de risco em busca de melhores retornos, mas ainda mantém certa cautela. Esse perfil combina segurança com crescimento, diversificando entre ativos de renda fixa e variável. O moderado está disposto a enfrentar alguma volatilidade, desde que os riscos sejam equilibrados com uma boa perspectiva de retorno.

Estratégias para o Perfil Moderado:

  • Carteira diversificada entre renda fixa e variável: Esse investidor pode ter uma parte da carteira em ações, fundos de ações e fundos imobiliários, além de manter investimentos seguros em renda fixa.
  • Escolha de ativos sólidos e promissores: O moderado prefere investir em empresas de médio a grande porte, com bom histórico de mercado, mas que também tenham potencial de crescimento.
  • Ajuste de exposição conforme o cenário: Esse perfil costuma revisar a carteira regularmente para adaptar o nível de risco ao contexto econômico.

Perfil Agressivo (ou Arrojado)

O investidor agressivo tem uma alta tolerância ao risco e busca maximizar seus ganhos no longo prazo, mesmo que isso signifique enfrentar oscilações significativas.

Este perfil está mais disposto a investir em ativos de renda variável, como ações de empresas emergentes, startups e até criptomoedas.

Para o investidor arrojado, a volatilidade é vista como uma oportunidade de obter retornos maiores, e ele está preparado para aceitar perdas temporárias em troca do potencial de crescimento.

Estratégias para o Perfil Agressivo:

  • Foco na renda variável: A maior parte da carteira é composta por ações, fundos de ações, ETFs e outros ativos de maior risco e potencial de retorno.
  • Investimento em setores de alto crescimento: O arrojado costuma investir em empresas de tecnologia, saúde e outros setores com grande potencial de valorização.
  • Gestão de riscos com diversificação: Apesar de buscar altos retornos, o investidor agressivo também precisa diversificar para equilibrar o risco e evitar perdas excessivas.

Por Que É Importante Conhecer Seu Perfil?

Conhecer seu perfil de investidor é essencial para evitar decisões impulsivas e alinhar suas expectativas com a realidade dos investimentos.

A falta de alinhamento entre o perfil e a estratégia pode causar frustração e levar a erros, como vender ações precipitadamente em momentos de baixa ou investir em ativos com risco incompatível com sua tolerância.

Além disso, entender seu perfil ajuda a determinar o percentual ideal de alocação em renda variável e fixa, criando uma estratégia de longo prazo que seja sustentável.

Como Identificar Seu Perfil de Investidor?

Para descobrir seu perfil de investidor, você pode responder a questionários oferecidos por corretoras de valores, que consideram fatores como sua experiência com investimentos, objetivos financeiros, prazo para resgate e reação diante de perdas.

Essas perguntas ajudam a definir se você é mais conservador, moderado ou agressivo.

Além disso, reflita sobre sua situação financeira, suas prioridades e sua disposição para encarar a volatilidade.

Um investidor mais conservador, por exemplo, pode preferir manter maior parte dos recursos em ativos de baixo risco, enquanto o arrojado aproveita mais oportunidades na renda variável.

Ao identificar seu perfil de investidor e aplicar as estratégias adequadas, você cria uma base sólida para seu sucesso na Bolsa de Valores, tomando decisões alinhadas aos seus objetivos financeiros e ao seu conforto em relação aos riscos do mercado.

Bolsa de Valores Como Investir

3. Estude os Tipos de Ações e Ativos na Bolsa

Investir na Bolsa de Valores vai muito além de apenas comprar ações. Existem diferentes tipos de ativos disponíveis, cada um com suas próprias características, vantagens e riscos.

Conhecer as opções à sua disposição é essencial para diversificar sua carteira de investimentos e montar uma estratégia que esteja alinhada com seus objetivos financeiros e perfil de investidor.

Aqui, exploramos os principais tipos de ativos negociados na bolsa e como eles podem contribuir para o crescimento do seu patrimônio.

Tipos de Ações: Entenda as Principais Categorias

As ações representam uma participação no capital social de uma empresa, tornando o investidor um “sócio” da companhia. No entanto, nem todas as ações são iguais. Elas podem ser classificadas de diferentes maneiras, e cada tipo oferece direitos e vantagens específicos.

Ações Ordinárias (ON)

  • As ações ordinárias dão ao investidor o direito de voto nas assembleias da empresa, o que permite participar de decisões importantes, como eleição de membros do conselho e aprovação de fusões.
  • Embora ofereçam o direito de voto, ações ON geralmente não têm preferência no recebimento de dividendos.
  • Empresas com ações ordinárias no Brasil têm o código final “3” (por exemplo, PETR3 para Petrobras).

Ações Preferenciais (PN)

  • Ações preferenciais não dão direito a voto, mas oferecem preferência na distribuição de dividendos e, em alguns casos, maior prioridade no reembolso de capital em caso de liquidação da empresa.
  • Esse tipo de ação é ideal para quem busca uma renda extra com dividendos, mas não quer participar das decisões empresariais.
  • No Brasil, ações preferenciais geralmente terminam com o código “4” (por exemplo, PETR4 para Petrobras).

Outros Ativos Disponíveis na Bolsa

Além das ações, a Bolsa de Valores oferece outros ativos que podem diversificar sua carteira e ajudar a alcançar diferentes objetivos financeiros.

Fundos Imobiliários (FIIs)

  • Fundos Imobiliários (FIIs) são veículos que investem em empreendimentos imobiliários, como shoppings, edifícios corporativos, galpões logísticos e hospitais.
  • Os FIIs são uma ótima opção para quem quer investir no mercado imobiliário com menos capital, recebendo rendimentos mensais isentos de imposto de renda.

ETFs (Exchange-Traded Funds)

  • ETFs são fundos que replicam o desempenho de um índice, como o Ibovespa, e suas cotas são negociadas na Bolsa como se fossem ações.
  • Eles permitem investir em uma cesta de ações diversificada de maneira prática e com menores custos, sendo uma boa alternativa para quem deseja diversificar e não tem tempo para selecionar individualmente as ações.

BDRs (Brazilian Depositary Receipts)

  • BDRs são recibos de ações de empresas estrangeiras, permitindo que brasileiros invistam em empresas como Apple, Amazon, e Tesla sem precisar abrir conta em corretoras no exterior.
  • Esse ativo oferece a oportunidade de diversificar com empresas globais e é indicado para quem quer proteger parte do capital da variação do mercado brasileiro.

Derivativos

  • Derivativos são contratos financeiros cujo valor deriva de um ativo subjacente, como ações, índices ou commodities. Entre os derivativos mais comuns estão as opções e contratos futuros.
  • Esses ativos podem ser usados para estratégias de proteção (hedge) ou para alavancar operações, mas são complexos e indicados para investidores experientes, com perfil arrojado.

Debêntures e Títulos de Dívida

  • Algumas empresas emitem debêntures, que são títulos de dívida, para captar recursos no mercado. Ao investir nelas, você empresta dinheiro para a empresa em troca de uma remuneração acordada.
  • Embora menos comuns na bolsa, títulos de dívida podem ser negociados no mercado secundário e são ideais para quem deseja investir em renda fixa com rentabilidade potencialmente maior que os títulos públicos.

Como Escolher os Ativos Certos para Sua Carteira?

Com tantas opções, pode ser difícil decidir quais ativos são mais adequados para você. A chave é entender como cada tipo de ativo se comporta e como eles se encaixam no seu plano de investimento e perfil de risco. Para montar uma carteira balanceada, considere os seguintes passos:

  • Diversifique entre ativos: Não coloque todos os seus recursos em um único tipo de ação ou setor. Diversificar entre ações, FIIs e ETFs, por exemplo, ajuda a reduzir o risco total da sua carteira.
  • Alinhe os ativos aos seus objetivos: Para objetivos de curto prazo, prefira ativos menos voláteis. Já para o longo prazo, você pode adotar uma abordagem mais agressiva, com maior exposição a ações de crescimento.
  • Considere os ciclos de mercado: Ativos diferentes tendem a performar melhor em certos momentos do ciclo econômico. Ao monitorar as tendências do mercado, você pode ajustar a alocação da sua carteira para aproveitar esses ciclos.

Estudar e conhecer os tipos de ativos na Bolsa de Valores é fundamental para fazer escolhas de investimento mais informadas e eficazes. Assim, você aumenta suas chances de alcançar resultados sólidos e construir um patrimônio consistente ao longo do tempo.

Bolsa de Valores Como Investir

4. Aprenda a Analisar Empresas e Setores

Investir na Bolsa de Valores exige mais do que apenas escolher uma ação com base em recomendações ou “dicas quentes”.

Para ter sucesso, é essencial saber analisar as empresas e setores em que você pretende investir.

Esse conhecimento permite identificar boas oportunidades, minimizar riscos e montar uma carteira de investimentos alinhada ao seu perfil e objetivos financeiros.

Aprender a avaliar as características, o desempenho e o potencial de crescimento de uma empresa é fundamental para tomar decisões embasadas e inteligentes.

A análise de empresas pode ser feita principalmente de duas formas: análise fundamentalista e análise técnica.

Ambas têm objetivos diferentes, e entender essas metodologias ajuda a fazer escolhas mais conscientes e estratégias mais adequadas para o seu portfólio.

Análise Fundamentalista: Avaliando o Valor Intrínseco de uma Empresa

A análise fundamentalista busca determinar o valor real de uma empresa com base em seus fundamentos, ou seja, nos aspectos econômicos e financeiros que afetam o desempenho da companhia a longo prazo.

Esse tipo de análise envolve estudar os demonstrativos financeiros, o setor de atuação, o histórico de resultados e as perspectivas de crescimento da empresa.

Principais aspectos da análise fundamentalista:

Análise dos Demonstrativos Financeiros

  • Balanço Patrimonial: Mostra a situação financeira da empresa, incluindo ativos, passivos e patrimônio líquido. Um balanço saudável indica uma estrutura financeira equilibrada.
  • DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício): Apresenta as receitas, despesas e lucros da empresa em um período específico. É útil para entender a lucratividade e eficiência operacional.
  • Fluxo de Caixa: Avalia a entrada e saída de caixa, indicando a capacidade da empresa de gerar dinheiro suficiente para financiar suas operações, pagar dívidas e remunerar acionistas.

Indicadores Financeiros

  • P/L (Preço sobre Lucro): Compara o preço da ação com o lucro por ação. Um P/L baixo pode indicar que a ação está barata, enquanto um P/L alto sugere que o mercado espera crescimento.
  • ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido): Mede a rentabilidade da empresa em relação ao patrimônio dos acionistas, indicando sua eficiência em gerar lucro.
  • Margem Líquida: Calcula a porcentagem de lucro sobre as receitas totais, mostrando o quanto a empresa consegue converter em lucro após cobrir todos os custos e despesas.
  • Dívida Líquida/EBITDA: Avalia a capacidade da empresa de pagar suas dívidas com base nos lucros antes de impostos, juros, depreciação e amortização. Um índice baixo geralmente indica uma posição financeira saudável.

Análise Qualitativa

Além dos números, é importante considerar fatores como a qualidade da gestão, a estratégia de crescimento, a reputação da empresa e a inovação. Empresas bem geridas e com uma visão clara de futuro tendem a ser mais resilientes e preparadas para enfrentar crises.

Análise Setorial: Entenda o Contexto em que a Empresa Atua

Analisar o setor em que uma empresa está inserida é tão importante quanto entender seus números. Cada setor da economia possui características, desafios e oportunidades específicas. Compreender as particularidades do setor ajuda a avaliar o potencial de crescimento de uma empresa e a identificar quais são as condições de mercado que podem impactar os resultados.

Ciclos Econômicos

Alguns setores são mais sensíveis a ciclos econômicos. Por exemplo, o setor de bens de consumo tende a ser menos impactado em crises, pois lida com produtos essenciais. Já setores como construção e turismo podem ser mais afetados pela economia, uma vez que suas receitas dependem de períodos de prosperidade.

Perspectivas de Crescimento

Avaliar o potencial de crescimento do setor é fundamental para entender se a empresa tem chances de expandir. Setores em crescimento, como tecnologia e saúde, oferecem oportunidades para empresas inovadoras e competitivas, enquanto setores saturados podem oferecer menos potencial de valorização.

Concorrência e Participação de Mercado

A posição da empresa em seu setor também é importante. Empresas líderes de mercado têm vantagens competitivas, como maior poder de negociação e maior capacidade de investimento. Por outro lado, empresas menores podem oferecer grandes oportunidades de crescimento, mas enfrentam desafios para ganhar mercado.

Regulamentação e Aspectos Macroeconômicos

Alguns setores são altamente regulados, como o setor financeiro e o de energia. Mudanças nas políticas públicas, regulações ambientais ou incentivos fiscais podem impactar fortemente a rentabilidade e as operações das empresas desses setores.

Análise Técnica: Entendendo o Comportamento do Preço da Ação

A análise técnica é uma metodologia que foca no estudo dos movimentos de preços das ações e do volume de negociação, buscando identificar padrões e tendências. Essa abordagem é frequentemente usada para operações de curto e médio prazo, já que o objetivo é prever o comportamento do preço no futuro com base em dados históricos.

Principais aspectos da análise técnica:

Gráficos e Tendências: Os gráficos de preço ajudam a identificar tendências, como alta, baixa ou lateralidade (preço estável). Investidores técnicos usam essas informações para decidir quando comprar ou vender ativos.

Indicadores Técnicos: Existem diversos indicadores, como médias móveis, Índice de Força Relativa (RSI) e Bandas de Bollinger, que auxiliam na interpretação do movimento dos preços. Esses indicadores servem para detectar momentos de sobrecompra ou sobrevenda e avaliar a força das tendências.

Suporte e Resistência: Níveis de suporte e resistência representam zonas em que o preço de uma ação costuma encontrar obstáculos para cair ou subir, respectivamente. Saber identificar esses pontos ajuda a determinar entradas e saídas estratégicas.

5. Pratique com Simuladores de Investimentos

Simuladores de investimentos são ferramentas valiosas para quem quer aprender a investir na Bolsa de Valores sem arriscar capital real.

Eles funcionam como um ambiente de teste onde você pode aplicar estratégias, explorar o comportamento de ativos e entender como o mercado reage a diferentes situações.

Ao usar um simulador, você pratica suas análises, testa sua tolerância ao risco e ganha confiança para operar no mercado real.

Essa experiência prática é essencial para desenvolver disciplina e evitar erros comuns de iniciantes.

6. Comece Com Valores Pequenos e Aumente Gradualmente

Ao iniciar na Bolsa de Valores, começar com valores pequenos é uma maneira inteligente de aprender sem comprometer grande parte do seu capital.

Com aportes menores, você se familiariza com o mercado e entende melhor o comportamento dos ativos, enquanto ganha confiança e refina suas estratégias.

À medida que desenvolve experiência e se sente mais seguro, pode aumentar gradualmente seus investimentos.

Essa abordagem minimiza riscos e permite que você construa uma base sólida para futuros aportes maiores.

7. Fique Atualizado e Aprimore Seus Conhecimentos

Investir na Bolsa exige atualização constante, pois o mercado está sempre mudando com novas tendências, dados econômicos e avanços globais.

Acompanhe notícias, relatórios de mercado e atualize suas estratégias conforme o cenário econômico evolui.

Participar de cursos, workshops e ler livros sobre investimentos também aprimora seu conhecimento e aumenta sua confiança.

Com dedicação e aprendizado contínuo, você toma decisões mais embasadas e potencializa seus resultados no mercado financeiro.

Conclusão: Como Fazer da Bolsa de Valores uma Aliada Financeira

Investir na Bolsa de Valores pode parecer desafiador no começo, mas com o conhecimento e a preparação adequados, é possível construir uma carteira sólida e alcançar seus objetivos financeiros.

Ao longo deste guia, abordamos os principais passos para quem quer aprender a investir de forma eficiente.

Desde o entendimento do que é a Bolsa de Valores e como ela funciona, até as estratégias de análise de empresas e setores, tudo isso é essencial para tomar decisões embasadas e maximizar os retornos.

Uma das primeiras coisas a fazer é estabelecer seus objetivos financeiros e conhecer seu perfil de investidor, pois isso determina o tipo de ativos mais adequados para sua carteira.

Além disso, estudar os diferentes tipos de ações e ativos disponíveis na bolsa é crucial para diversificar e mitigar riscos.

A análise fundamentalista e técnica das empresas e setores onde você pretende investir também é vital para identificar boas oportunidades.

Praticar com simuladores de investimentos e começar com valores pequenos são passos inteligentes para quem está iniciando, permitindo que você aprenda sem expor muito capital.

Conforme ganha experiência, é possível aumentar os investimentos gradualmente, sempre focando em aprender e se atualizar sobre o mercado financeiro.

Manter-se informado e aprimorar seus conhecimentos constantemente é um diferencial para quem deseja ter sucesso a longo prazo.

A Bolsa de Valores Como Investir é uma jornada contínua de aprendizado, adaptação e tomada de decisões estratégicas.

Ao seguir esses passos, você estará mais preparado para enfrentar as oscilações do mercado, aproveitar boas oportunidades e, eventualmente, alcançar seus objetivos financeiros.

Lembre-se, a prática constante, aliada ao estudo e à paciência, é o caminho para se tornar um investidor bem-sucedido na bolsa.

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