Esaú e Jacó Machado de Assis Resumo

Esaú e Jacó Machado de Assis Resumo

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Esaú e Jacó Machado de Assis Resumo

“Esaú e Jacó” é um dos últimos romances escritos por Machado de Assis, publicado em 1904. A obra faz parte da fase realista do autor e apresenta uma análise profunda da sociedade brasileira do final do século XIX, abordando temas como rivalidade, destino e política. O romance é narrado por um cronista fictício, o Conselheiro Aires, e conta a história dos irmãos gêmeos Pedro e Paulo, que são antagonistas desde o ventre materno.

Enredo de “Esaú e Jacó”

A trama se inicia com a apresentação dos gêmeos Pedro e Paulo, filhos de Natividade e Santos. Desde a infância, os irmãos se mostram opostos em tudo: enquanto Pedro é conservador e monarquista, Paulo é liberal e republicano. Essa divergência ideológica se reflete em suas personalidades e na maneira como enxergam o mundo. Apesar de serem fisicamente idênticos, seus temperamentos são distintos e frequentemente entram em conflito.

Ao longo do romance, os gêmeos disputam não apenas no campo das ideias, mas também no amor. Ambos se interessam por Flora, uma jovem sensível e enigmática. No entanto, Flora nunca deixa claro qual dos dois realmente ama, mantendo um véu de mistério sobre seus sentimentos. Essa indecisão chega ao seu clímax quando a jovem morre de forma inesperada, deixando os irmãos sem uma resposta definitiva sobre sua preferência.

Natividade, a mãe dos gêmeos, recorre a uma vidente para tentar entender o futuro de seus filhos. A profecia que recebe é ambígua e apenas reforça a dualidade dos irmãos. Ao longo do livro, o destino parece reforçar essa separação, mesmo que os gêmeos sigam caminhos paralelos na política e na vida pessoal.

Principais Temas

  • Rivalidade fraterna: A relação de Pedro e Paulo é um reflexo do mito bíblico de Esaú e Jacó, no qual dois irmãos disputam a primogenitura e a benção divina. No romance, essa disputa se dá no campo ideológico e amoroso.
  • Destino vs. Livre-arbítrio: Machado de Assis questiona se as diferenças entre Pedro e Paulo são determinadas pelo destino ou se poderiam ser evitadas por escolhas conscientes.
  • Política e Sociedade: A história se passa em um momento de transição política no Brasil, com o fim do Império e a instauração da República, refletindo os conflitos entre monarquistas e republicanos através dos protagonistas.
  • A inutilidade dos conflitos: O livro sugere que, apesar das divergências, algumas disputas são fúceis e acabam sem um vencedor definitivo, como acontece com os gêmeos após a morte de Flora.

Estrutura Narrativa e Estilo

Machado de Assis utiliza a narração em terceira pessoa, sob a perspectiva do Conselheiro Aires, que assume o papel de observador da história. O romance possui uma estrutura fragmentada, com digressões e reflexões filosóficas que questionam a condição humana. O tom irônico e cético é característico do autor, tornando a leitura instigante e reflexiva.

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Conclusão

“Esaú e Jacó” é uma obra fundamental para compreender a literatura machadiana e a transição política do Brasil no final do século XIX. Com personagens bem construídos e uma narrativa repleta de sutilezas, Machado de Assis explora os conflitos humanos de maneira magistral. O romance não apenas retrata a dualidade entre os irmãos, mas também convida o leitor a refletir sobre os antagonismos que permeiam a sociedade.

Se você deseja uma leitura que vai além da superficialidade e provoca questionamentos, “Esaú e Jacó” é uma escolha excelente.

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